O Jardineiro e a Rosa
Quando a aurora do dia descia
E junto a ti meu corpo sorria
Numa união feita de paz e amor;
Eu, seu jardineiro;
Tu, minha bela flor...
Eu, seu servo, cego por teu amor
Na ânsia louca de louvar – ti
Hó! Dama! Minha amada senhora!
Sonhos perdidos na lembrança
De um alumbrado poeta...
E esse seu humilde jardineiro,
Louco e apaixonado, na certa,
Vivia por servir- te, minha rosa,
Na esperança de ser seu companheiro.
Amei – te senhora.
Na loucura estúpida de um versista;
No mimo de um jardineiro por uma rosa.
Queria – te, tão bela e tão mimosa,
Como nos verossímeis que se completam.
A mais bela das poesias
Nos sonhos desse seu louco poeta.
Uma quimera que pouco tempo durou;
Não sou mais seu jardineiro versejador,
Mas tu, bela rosa, ainda és minha fulor.