O LEITO VAZIO
Olho agora o leito vazio,
Despojado de todo o prazer,
Onde foi nosso intenso viver,
Está desarrumado e frio.
Nas paredes ainda vejo,
As marcas do amor estampadas,
Ouço os gemidos e gargalhadas,
Que nos alucinava de desejo.
Toco com minha mão,
Na guarda da cama toda marcada,,
Pelo tempo que passou, esburacada,
De cupins que seus donos são.
Lanço um último olhar,
Para aquele cenário tão decadente,
Que acalentou nosso desejo ardente,
E sinto uma lágrima rolar.