Pero Vaz
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Pero Vaz
Hoje
estou cheio de saudades;
de desejos, de vontades.
Quando
penso em filigranas,
fios do futuro,
repouso no silêncio dos teus lábios.
Sinto curvas, contornos, desenhos.
Artesão do ouro e da prata,
bronzeio, com as mãos,
tateando possibilidades,
a leveza que me torna
algoz do que sinto
- Merecedor de recompensas.
Hoje
as saudades preenchem,
deixando vazios.
Vazam
Rios
De imemoriáveis
Razões perdidas.
Vasos e porcelanas.
Fios e composições.
Vais, Camões!
Vem, meu álveo azul!
A solidão quer companhia.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 7 de outubro de 2016.
14h25min
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