Fio

De sangue

Que penetram o músculo

Escorrem no escuro oco

Teu

Escorrendo fino pelo meu corpo

Da meada

Que perdi sei lá quando e/ou onde

Atropelando palavras e olhares

Meu

Perdendo o controle e traindo-me, e fraquejando nos males

De cabelo

Mais longos, lindos e maldosos do que nunca

Que os segurei pela nuca dando aquele gostoso beijo

Seus

Me trazendo aquelas cenas cenas quando encontro um no box do banheiro

Da navalha

Que corta nossa carne e nossos meios

Separando nossas vidas, bocas, sopros, horas, corpos... a gente

Nossa...

Deixando o passado cata vez mais longe do presente

O fino entre o amor e o ódio

Desequilibrando essa balança em rugidos

Depois de várias outras bocas depois de ti que mordi e vou morder

Deus!

Parece que, nesse tempo, nessas linhas, só existiu você.

Luan Tófano
Enviado por Luan Tófano em 25/09/2016
Código do texto: T5772175
Classificação de conteúdo: seguro