Fio
De sangue
Que penetram o músculo
Escorrem no escuro oco
Teu
Escorrendo fino pelo meu corpo
Da meada
Que perdi sei lá quando e/ou onde
Atropelando palavras e olhares
Meu
Perdendo o controle e traindo-me, e fraquejando nos males
De cabelo
Mais longos, lindos e maldosos do que nunca
Que os segurei pela nuca dando aquele gostoso beijo
Seus
Me trazendo aquelas cenas cenas quando encontro um no box do banheiro
Da navalha
Que corta nossa carne e nossos meios
Separando nossas vidas, bocas, sopros, horas, corpos... a gente
Nossa...
Deixando o passado cata vez mais longe do presente
O fino entre o amor e o ódio
Desequilibrando essa balança em rugidos
Depois de várias outras bocas depois de ti que mordi e vou morder
Deus!
Parece que, nesse tempo, nessas linhas, só existiu você.