DUAS MADRUGADAS
Parece ser duas madrugadas
embora vendo duas estradas
estou cambaleando ao caminhar.
Tenho em mim viva a desilusão
e na mente o veneno da solidão
tudo escuro nessa noite sem luar.
A alma em negrura
astral na sepultura
não consigo cantar.
Depois daquele tremendo desacato
sentindo como o destino foi ingrato
ela recusou comigo na tarde falar.
Início da noite partí para a arruaça
madrugada, já com o caco na cachaça
não lembro quando em casa fui chegar.
Com esse desaforo
foi o fim do namoro
tive que aceitar.
Mas a vida tem sempre seus espinhos
não irei procurar outros caminhos
e como na noite nunca mais vou beber.
Continuarei sendo no futebol o capitão
nas novenas e missas, rezarei a oração
será ela que terá de me esquecer.
Foi meu orvalho
meu pé de carvalho
que não vai morrer.
Parece ser duas madrugadas
embora vendo duas estradas
estou cambaleando ao caminhar.
Tenho em mim viva a desilusão
e na mente o veneno da solidão
tudo escuro nessa noite sem luar.
A alma em negrura
astral na sepultura
não consigo cantar.
Depois daquele tremendo desacato
sentindo como o destino foi ingrato
ela recusou comigo na tarde falar.
Início da noite partí para a arruaça
madrugada, já com o caco na cachaça
não lembro quando em casa fui chegar.
Com esse desaforo
foi o fim do namoro
tive que aceitar.
Mas a vida tem sempre seus espinhos
não irei procurar outros caminhos
e como na noite nunca mais vou beber.
Continuarei sendo no futebol o capitão
nas novenas e missas, rezarei a oração
será ela que terá de me esquecer.
Foi meu orvalho
meu pé de carvalho
que não vai morrer.