sempre que é agosto
abre-se o portal
à maratona de brisas
e nuvens
rumo ao equinócio
primaveril
sob cálido sol
trafego calma ciência
para equilibrar
período
que expande
consciência
de concluir
mais uma fase...
e pelas flores que virão
embriagar os campos
do meu casulo
quererás
partir
sob estrelas e lua
resisto ao sibilento
e coreógrafo
vento
destrançando a paz
para adornar-me
indócil
não acanho-me de espantar
o agourento
pássaro
da árvore
que me esgalha
em contradições
mas
esse
pêndulo
de agosto
batendo
deixa-me inquieta
e vacilante
com o frágil interior
exposto