sempre que é agosto

abre-se o portal

à maratona de brisas

e nuvens

rumo ao equinócio

primaveril

sob cálido sol

trafego calma ciência

para equilibrar

período

que expande

consciência

de concluir

mais uma fase...

e pelas flores que virão

embriagar os campos

do meu casulo

quererás

partir

sob estrelas e lua

resisto ao sibilento

e coreógrafo

vento

destrançando a paz

para adornar-me

indócil

não acanho-me de espantar

o agourento

pássaro

da árvore

que me esgalha

em contradições

mas

esse

pêndulo

de agosto

batendo

deixa-me inquieta

e vacilante

com o frágil interior

exposto

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 08/09/2016
Código do texto: T5754590
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