O TEMPO EM SUA EFEMERIDADE

O TEMPO EM SUA EFEMERIDADE

Parece que foi ontem

E já não era mais

Um dia acordamos, e percebemos

Que não se pode voltar a trás

Que o silêncio e a solidão

Já se tornaram uns vírus para a alegria

Já se tornou tristeza

Tudo que um dia significou felicidade

Momentos que se dissolveram

Em pensamentos soltos o vento

Que foram expressos com palavras desconexas

Coisas que esfacelaram os segundos do tempo que passou

Momentos deixados, feito sombras.

Em suas antigas verdades

Mas que se refazem na memória

Contudo, se vão como poeira e o vento leva rapidamente.

Como se fosse capricho do destino

O que não se pode entender

Sobre um mistério indefinido

Tudo passou como instantes

Coisas que inventamos no momento que desejamos

Sensação que sorrateiramente nos engana

E insistimos em ousar no que nos opomos

O que resta agora

É vago traço do vazio

Que tentamos decifrar

Sobre o valor conceitual do tempo

Mas descobrimos uma só verdade

Entre todas que não mais existe

Tudo é efêmero

Como essa lágrima...

Escorrendo delicadamente no rosto

Prefiro calar

Reconstruir um mundo onde a vida se refaz

Esquecendo-me dos gestos perdidos

Do olhar escondido

E busco encontrar no abraço

Seu poder revitalizante

E no sorriso

Nova forma de viver

Em nobres gestos que acolhem a alma.

Joelminha
Enviado por Joelminha em 06/09/2016
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