A Estrada de Ferro.

Depois que eu envelheci

E todas aquelas alegrias

Que vivíamos

Naqueles lindos dias

Partiram pra outro lugar

E hoje não mais

Estão indo

e nem vindo

Somente se foram

E todos os dias

Agora

São sempre iguais

Mesmo assim

Eu olho pro lugar onde ficava

A Velha Estrada de Ferro,

Posso até ver

As telhas vermelhas de barro

E tantas pessoas

Deixando ali

Seus sorrisos,

Cabelos balançando,

Olhares indecisos.

Entre eles

Nós dois

Éramos quase crianças

As boas lembranças

Vão sendo apagadas

Cerro meus olhos

Tentando me lembrar

Porém, de tantos rostos

Que passaram por ali

Somente o teu olhar

Não esqueci.

Edson Ricardo Paiva.