Letargia

Eu solitário num letargo de gemidos sentindo

Tua falta num vazio cheio de gritos

Assombrosos...

Ai, vem tua lembrança feito víbora venenosa

A me perseguir nesse deserto de ti.

Me obrigo a sair dessa clausura que me é imposta

Para fugir de encontro a esse doce veneno

Que é tua lembrança, mesmo sabendo que irei sucumbir.

Me precipito do exílio abismo a baixo correndo o risco

Amargo de ficar somente nas lembranças

Tristes de teus carinhos forçados

De tua presença que a muito se foi.

Estou em queda livre nesse abismo que agora nos

Separa, ainda vivo de lembranças, dos desertos contigo

Às clausuras por ti impostas a mim,

Corro e corro, corridas em vão num ciclo

Viciante de ti ter de novo e nesse ter

Descobrir que mesmo nessa letargia

Eu conseguir amar quem me condenou

Um condenado amando seu carrasco

Me decepas a cabeça e os últimos

Segundos de alegria que terei

Será ver que depois de passado

Dias em exílios clausuras e abismos

Meus olhos viram a ti pela ultima vez.

Teu exilado Robervan

Rrack Alves(Poeta dos sentidos)
Enviado por Rrack Alves(Poeta dos sentidos) em 01/09/2016
Reeditado em 06/04/2021
Código do texto: T5747272
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