TALVEZ
(Socrates Di Lima)
Talvez voce não se recorde
Mas, eu me lembro,
Vai chegando setembro,
E o meu peito sacode.
Foram tantos momentos,
em alguns anos de doce união,
Foram tantos sentimentos,
Armazenados no coracão.
Ainda me lembro...
Das flores em ramalhete,
Que no mes de setembro,
Sem qualquer falcete,
O desejo queimando em chama,
Espalhei flores na cama.
Como sed fosse magia...
Um ritual de amor,
Vinho e a cachaca que ardia,
Mas, na meia luz ao som de nossas cancoes,
Acontecia com furor,
O grande amor,
nas nossas convulcões.
Talvez tempo nao tivestes,
Para se lembrar de mim...
Não importa se a saudade me veste,
Lembro-me de nos dois, assim.