DUETO COM A ALMA!

O poeta viaja na ilusão do momento,

Abraça a utopia externando insanidade,

Chorando um amor abstrato, esmaecido.

Sempre escreve para alguém no além!

Ínfima pretensão de solicitar amor,

Se, a penumbra é companheira fiel,

Sempre acompanhada da solidão mordaz

Que se alimenta da cáustica depressão!

Porque o ato silencioso está inserido,

Em palavras tristonhas e dissimuladas,

Que, muitas vezes parece se vingar

De um amor não correspondido?

Em suma, qual é a intenção do Poeta,

Senão implorar um amor nulificado,

Que o condena a abster-se

de novas conquistas e infinitamente

Alienado por uma única paixão?

O poeta capta o exato momento da emoção,

Incorpora o sonho e mostra esperança,

Sorri para o amor que está a um passo.

Teu canto é ouvido em todas as vidas.

Conversar com o coração é doar-se,

Sempre iluminando a penumbra,

Rebatendo a solidão com o carinho

Que é predicado para a eterna união.

O ato silencioso é a reflexão da criação,

Dita de maneira terna e consistente

Que às vezes só pode ser entendida

Por alguém que queira ser feliz.

O poeta exerce a função de

Artesão das palavras,

Revigora o coração, tornando-o amável,

Quem ama não pratica a devassa da carne.

Feito artesão,

O poeta esculpe a beleza da vida.

=RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS=

"Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo"

Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 06/10/2005
Reeditado em 13/02/2024
Código do texto: T57344
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