As danças no submarino amarelo
Parece que suas camisas pertence a outros cabides
o banco do lado, agora acolhe outros ombros
o conforto de um domingo de sofá, já não lhe agrada
achei que meus tornozelos surrados teriam companhia noturnas
choro pelo tal não aguentar as suas calorentas noitadas
Teus hemisférios são ácidos
seus olhos ainda rápidos
parece que o laranja da noite
não lhe faz parar mesmo
eu lhe imporei de joelhos
mas o que adianta, meu rutilismo pra você é sem graça
O carnê das nossas batalhas
a casa pré fabricada
sobra justo pra mim e pra mobília
fomos ultrapassadas
as promessas de castelo, onde criamos a realeza
um príncipe, e outro par de princesas
o que parece, pra você besteira
As danças no submarino amarelo
o que será dos nossos meninos da praia
e seus sons de estimação
fui vendo seus brancos fios de cabelo
O papel que um dia você assinou
numa simbiose de pálpebras
hoje virou outro que se torna divórcio
em meios há tantas papeladas
sardas, rugas e menopausa.