Meu querido pai
Vinte primaveras sem tua presença
Saudades meu velho
Olho ao meu redor e não o vejo
Olho meu rosto refletido no espelho
Em busca de te encontra
Talvez dentro de mim
Escondido em algum lugar
Mas descubro que não é bem assim
Pai, senta aqui nesta cadeira
Vamos bater aquele papo
Conte-me as histórias la da roça
Da onça, coelho e sapo
Pai, senta aqui na beira deste fogão
A lenha esta queimando
E o frio que esta la fora
Aos poucos vai nos deixando
Pai, vejo mamãe nos chamando
Vem vamos jantar
Pois a comida esta quente
E na mesa a nos esperar
Pai, teus traços aos poucos se modelam em meu rosto
Escuto pelas ruas pessoas dizendo-me parecer contigo
Para mim um orgulho saber disto
Pai serás para sempre meu velho e bom amigo
Ah meu querido pai
Vinte anos sem tua presença junto a mim
E mesmo distante meu abraço hoje vai para ti
E te digo que esta saudade não tem fim