"Que Pena..." = Poesia de Saudades=
Arroz, feijão, bife e a boa salada
Água ou leite, e alguma sobremesa
Cardápio de uma infância cuidada
Cardápio de uma infância beleza
Depois do almoço, rua, e depressa
Os carrinhos de rolimãs chamando
E agora tudo o que mais interessa
É piões nas disputas ir quebrando
Brigas de meninos, “desce a ripa”
Molecagens de todos as maneiras
Caçadas emocionantes, “se equipa”
Um “córguinho” tornado cachoeira
Os estilingues, certeiros, em ação
Era guerra de mamonada certeira
Era infância, vida e muita emoção
Brincadeiras na rua, gente arteira
Conversas fiadas, solta imaginação
Não ligando ainda par’a menininha
Que mais tarde virou um mulherão
Era a nossa infância vivida na linha
Violência era um acontecimento raro
Coisa que só acontecia nos jornais
E quem a cometia pagava bem caro
E a gente achava que não faria mais
Antes de deitar rezava-se ajoelhado
Contrito, o Pai-Nosso e a Ave Maria
Depois dormia-se. Cheios de pecados
Pecados que Deus logo nos perdoaria
Sabendo que éramos puros e inocentes
Que era só nossa infância quem pecava
E assim vivíamos, mesmo bem contentes
Sem sonhar que essa fase logo acabava
Arroz, feijão, bife e a boa salada
Água ou leite, e alguma sobremesa
Cardápio de uma infância cuidada
Cardápio de uma infância beleza
Depois do almoço, rua, e depressa
Os carrinhos de rolimãs chamando
E agora tudo o que mais interessa
É piões nas disputas ir quebrando
Brigas de meninos, “desce a ripa”
Molecagens de todos as maneiras
Caçadas emocionantes, “se equipa”
Um “córguinho” tornado cachoeira
Os estilingues, certeiros, em ação
Era guerra de mamonada certeira
Era infância, vida e muita emoção
Brincadeiras na rua, gente arteira
Conversas fiadas, solta imaginação
Não ligando ainda par’a menininha
Que mais tarde virou um mulherão
Era a nossa infância vivida na linha
Violência era um acontecimento raro
Coisa que só acontecia nos jornais
E quem a cometia pagava bem caro
E a gente achava que não faria mais
Antes de deitar rezava-se ajoelhado
Contrito, o Pai-Nosso e a Ave Maria
Depois dormia-se. Cheios de pecados
Pecados que Deus logo nos perdoaria
Sabendo que éramos puros e inocentes
Que era só nossa infância quem pecava
E assim vivíamos, mesmo bem contentes
Sem sonhar que essa fase logo acabava