Rosas Vermelhas

Rosas Vermelhas

É madrugada na praia

silenciada no marulhar

sonolento das ondas

que me acariciam, frias,

os pés nus, quedados.

Perscruto o horizonte,

moribundo da noite,

cintilado de prata

e ténues fios de oiro

que despontam.

E meus olhos choram

saudosas lágrimas

de sal e desespero

que se misturam,

inférteis no mar.

Minha alma infiel

esvoaça perdida

na neblina matinal

absorta das dores

cruéis do infinito.

Mas eis que, vagarosas,

rumam até mim rosas

vermelhas de carmesim

esmorecendo fadigas

e flutuando desejos.

Cuidadosamente,

colho cada uma

e as beijo com ternura

ávida dos lábios doces

duma amante ausente.

E as rosas se desfolham

em pétalas, morrendo...

Mas em cada pétala

vem um beijo de amor

que meus lábios saciam.

Cada pétala exala essências,

recordações e desejos,

noites de paixão gritante

e dias de enamoramento,

em sussurros de amor

No tempo me perco, confiante,

me sento na insónia arenosa...

Um dia, mais rosas não virão,

mas serei tocado da ternura

de tua mão em minha face...

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 03/08/2016
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