VENTO CONFUSO/DESESPERO

"O que me resta depois do que se foi?

O que se fica depois do que já não me resta?

Talvez um vazio simbólico ou concreto

Talvez ruínas por fim de um sangrento duelo.

Não digo ser saudade nem uma andorinha perdida

A andorinha se perde mas o vento a acha

Mas quando eu me perco, só me perco, até sem saber

No vazio, não há este vento que me leve para você.

Mas há de sentir, dos teus toques a teu cheiro

As vezes o vento se confunde na viajem

Pensa que vou te perder, pensa que estou com medo

Mal sabe ele, pobre confuso, é apenas desespero."