(Imagem do Google)
CONSIDERANDOS
Odir Milanez da Cunha
Minha agonia aquieta
quando flui da maldição
que não vinga na razão
do coração de um poeta.
Não me pago, não sou preço,
nem me apego ao meu recato.
Sou fruto do teu retrato,
beleza que não mereço.
Duvido do amor que evoco
no passado e no presente,
pois me considero ausente
de amor que vejo e não toco.
Eis os meus sonhos diversos
nos risos com que me animas.
Poucos dias, poucas rimas
para um faminto de versos.
Canto salmos, rezo o terço,
para manter meus desejos
de te ser flores e beijos,
para embalar-te num berço.
Para velar-te nascente
livre de mágoas e dores,
acalentando-te amores
num berço de amor da gente.
Mesmo que sejas quimera
do tempo, em cada estação,
no inverno ou no verão,
hei de te amar primavera.
Pois me mantenho devoto
por teu corpo, por teu riso,
decorrentes do impreciso
de corpo e riso na foto.
E enquanto foto me fores,
e fores foto somente,
serei poeta morrente,
morrendo ausentes amores...
JPessoa/PB
09.07.2016
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e a versa versos de amor...
odirmilanez.blogspot.com
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