Brisas

Venta a esperança avivando umas brasas,

que às vezes, supomos, não mais acesas;

o efeito colateral dessas carentes brisas,

que fazem assanhadas outras mariposas,

acho graça da vida ofertando novas musas...

Amor vero, mesmice, velha foto do crachá,

nesses casos, dane-se o novo, vale o clichê;

pode virar tudo, té o poste no cão fazer xixi,

amor teima, anseia sempre o mesmo xodó,

Inverno passa, novamente brota o chuchu...

Que fazer se o coração mantém essa manha,

uma porta que só minha bela possui a senha;

como, colheria uvas em alguma outra vinha,

se, ainda é com os mesmos cachos que sonha,

esse anelo que quer com ela, ser carne e unha?