Panapaná

Borboletas voam no estômago,

Mil delas

Numa ansiedade e frenesi de te encontrar

As lembranças ardem e fervem

Borboletas que querem voar

Fazem brotar velhas sementes

Atiçam fogo à ervas daninhas que insistem em crescer

As borboletas desejam apenas rosas

O cheiro do amor a brotar e evanescer

Inundando o vasto mundo

Uma alma multicor

Sementes de amor brotadas

Um panapaná transpondo dulçor

Voam no meu estômago

Toda vez que a saudade trás sua presença

E logo tecem desejos e sonhos

Um romance que jamais poderá morrer!

Paula Belmino