Lanterna da saudade
Ó saudade, que nesse meu peito nu ainda mora
Você já não traz consigo a mesma representação
Imagem infiel dos sonhos lindos que embarquei
Quimeras de anos dourados no teatro da ilusão
Mas o resgate do que foi bom, tanto que chorei
Caminhante desenho o meu próprio caminho
Muitas escolhas solitárias terei eu que realizar
No sombrio desatino trilharei sobre o espinho
Tudo há de passar, Sob a Luz não irei me perder
Com a Lanterna nas mãos, só flor hei de calcar
Olhando-te nos olhos frente a frente te inquiri
Qual é a razão dessa sôfrega judiação de dor?
Silenciosa uma só resposta sincera eu percebi
No palco já não sou platéia, agora sou um ator
Aprendi que neste peito sobra muito amor!
"Começar de novo e contar comigo/Vai valer a pena ter amanhecido/Ter me rebelado, ter me debatido/Ter me machucado, ter sobrevivido/Ter virado a mesa, ter me conhecido/Ter virado o barco, ter me socorrido (Ivan Lins).
Obrigado caríssima amiga e poeta CLE pela bela e generosa interação:
Da janela florida
Só via alguma lanternas que acendiam
Sobre o breu que ali se instalou
Meu coração já tão vazio
Por um minuto te buscou
Era um sonho de menina...
Com gosto e leve ardor
Em lapso de memória?
Senti que você me amou
Perdi toda razão
Dei vazão a ilusão
Dominar meu coração
Naquele sonho de amor
Onde a noite virou poesia
Mais meu sonho terminou
As lanternas se apagaram
Deixando sangrar meu corpo e minha alma
Um sonho lindo
Mas ainda inacabado.