Deixar Ir e Voltar
O corpo jamais nascerá preso
A alma caminhava antes disso
É verdade: ninguém fica ileso
Em se perder do compromisso.
Não há força que nos impeça de ir
Nem que se mexa no destino
Pois volta-e-meia depois de partir
Ele realinha, visto que é ferino.
Deixar escapar pelas mãos
É um ajuste de contas
Pois perder as pontas
Faz parte dos poréns e senãos.
Pode não realmente acontecer
Mas o imediatismo é um dano
Que a maturidade inclui como um plano
Quando tudo é destinado para ser
Assim é como o todo acontece
E eventualmente, todo mundo padece.