A MORTE DE UM POEMA
Me enfeitei de versos na volta do dia
Buscando a poesia nos sonhos guardados
Relendo tuas cartas cheirando à carinho
Vendo tua foto de tempos passados.
Mas o que dizer, se as palavras me somem
Se a tristeza consome o gosto das horas
Se nego à mão escrever o teu nome
Se me pego carente e do teu amor tenho fome?
Quantas conversas inocentes ficaram
Guardadas no armário da minha memória
Quantas promessas o amor, visitaram
Nas cheias da lua da nossa história?
Retiro a poeira dos olhos nublados
E os meus pensamentos os mantenho trancados
Deito os meus sonhos na noite vazia
Agonize entre estrelas a minha poesia!