Tenho os bolsos vazios
E o coração cheio de saudade,
Por onde caminho, encontro pessoas,
Pessoas que não conheço...
Mas meus sonhos recordam
De rostos e lugares tantos
Que mesmos os desencontros da vida
Não afastam meus olhos do tempo que passou.
Quem amou, viveu o melhor das horas,
Mesmo que as chuvas e trovões
Tenham encharcados seus corações.
Terra boa, terra curtida,
Um porto e bom mar amigo
Que sempre está comigo
Por onde eu desejo navegar.
É devagar que busco lembranças,
Não quero que as crianças que vejo, cresçam,
Quero que permaneçam na minha memória,
Como as crianças mas minhas melhores histórias.
Ah! Palavras, palavras, palavras!!!
Quantas eu digo, quantas cabem
Neste imenso relicário!!
Bom dia, boa noite,
Madrugadas a fio, viajando entre as terras,
Que meus pés ousaram pisar.
O frio, ou o calafrio dos encontros,
Santos e pecaminosos desejos,
Um abraço, ou mil beijos,
Tantos sentimentos sentidos
Que os ventos prometidos pela natureza
Não varreram a beleza destes versos.
O universo permanecerá o mesmo,
Mas os sonhos que virão
Terão o melhor sabor
Do que eu chamo de saudade...
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 06/06/2016
Código do texto: T5659499
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