CAVALINHO VESGO

CAVALINHO VESGO

Meu cavalinho vesgo,

onde estás?

Ontem, me veio ver

e hoje não mais...

Não me deixas assim, cavalinho,

ao teu capim.

Quando

a madrugada chega

e chove,

eu lembro de ti:

clomp, clomp, clomp...

Agora,

está gravado

em minha memória

o teu clomp, clomp, clomp...

Cavalo vesgo

que o olhar não tem dono,

mas é meu o cavalo.

Galopo

nas delícias do pensamento,

ideais novos

que consumo a cada dia;

muita purpurina,

muita saudade matada...

Mas se te perco, cavalinho,

se te perco,

não sei

ir à lua sem ti,

sem o teu clomp, clomp, clomp...

Não tenho ritmo algum

andando

de bobeira na vida

sem o teu clomp, clomp, clomp...