dor cigana
a mata fede,
a cobra fode,
o vento pede
qu’eu me acomode
cigana cede,
mas se sacode,
me mata a sede
ou me explode
a lua é prata,
o mar, veludo,
me deixa mudo,
traz solidão
a sorte ingrata
sorri de tudo,
já não me iludo,
lhe estendo a mão
a mata fede,
a cobra fode,
o vento pede
qu’eu me acomode
cigana cede,
mas se sacode,
me mata a sede
ou me explode
a lua é prata,
o mar, veludo,
me deixa mudo,
traz solidão
a sorte ingrata
sorri de tudo,
já não me iludo,
lhe estendo a mão