Casebre

Casebre

Pequena casa de campo,

Escavada por mão sábia,

Sobre a granítica rocha,

É, hoje, mansão dos sonhos

E nós, os ditosos castelões,

Erguidos de cinzas funestas.

No monte, o olhar se perde

No multicolor da paisagem,

Terras de cultivo e pomares,

Castigadas de sol abrasador,

Saciam fomes e compaixões,

De corpos dolentes de ritmo.

E a tez se escurece, moura,

Ansiando a frescura do rio,

Que serpenteia pelo vale,

E renova a vida e ânimos,

Paixões, ódios e amores,

Pela parcela de herança.

E quando a noite se abeira,

Serena, o luar nos recorta

Na silhueta dum beijo dado.

Logo se refugia por pudor,

Na casinha das mil sombras,

Para que o amor seja eterno.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 29/05/2016
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