Casebre
Casebre
Pequena casa de campo,
Escavada por mão sábia,
Sobre a granítica rocha,
É, hoje, mansão dos sonhos
E nós, os ditosos castelões,
Erguidos de cinzas funestas.
No monte, o olhar se perde
No multicolor da paisagem,
Terras de cultivo e pomares,
Castigadas de sol abrasador,
Saciam fomes e compaixões,
De corpos dolentes de ritmo.
E a tez se escurece, moura,
Ansiando a frescura do rio,
Que serpenteia pelo vale,
E renova a vida e ânimos,
Paixões, ódios e amores,
Pela parcela de herança.
E quando a noite se abeira,
Serena, o luar nos recorta
Na silhueta dum beijo dado.
Logo se refugia por pudor,
Na casinha das mil sombras,
Para que o amor seja eterno.
Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=293848 © Luso-Poemas