Portas
Carrego nas mãos os trincos
Das portas que eu não abri
E uma saudade estranha
Das coisas que eu não vivi
Carrego comigo os rastros
Dos caminhos por onde andei
Das portas que deixei pra trás
Dos sonhos que eu só sonhei
E as cenas por lá ficaram
Das coisas que eu não vi
Levei apenas os trincos
Das portas que eu não abri
Carrego em mim um adeus
Das vezes em que parti
E uma saudade estranha
De tudo que eu não vivi.