Luto da Segunda Lua.
No silenciar do bater do seu coração, o meu estilhaçou-se em pedaços cortantes.
As manhãs estão desesperançosas e as tardes vazias.
Desde de sua partida, tudo aqui anda estranho.
Então simplesmente deixo meus olhos choverem.
Remedei meu peito destroçado.
Mas parece que tenho cacos descendo garganta a dentro, e lâminas dentro de mim.
Então uivo para a lua,
Remendando os pedaços das memórias para ter uma imagem só sua.
Me calo para quaisquer outras palavras antes não ditas, pois já não há à quem pronuncia-las.
Assim como eu, os outros se calam, pois não há mais tempo para pedir perdão a você Lua.
Guardo meu Adeus não dado.
Os dias longos estendem-se como a eternidade de sofrimento.
E as noites são sempre um oceano de palavras não ditas, de declarações não feitas, de verdades escondidas no esquecimento.
Então transbordo de lamento.
Resguardo-me da afeição da dor todos os dias, como se você ainda estive entre nós, como se eu ainda tivesse a esperança de te ver novamente.
Agora seguro forte a aflição dentro de mim, pois tenho que me recolher com os outros, para a celebração de seu luto, Segunda lua.