UM POETA NO DILÚCULO DO TEMPO
Finaliza a madrugada
Pois o sol já vai sair
Passarada preparada
Para o canto expandir
Começando um novo dia
Passarada a cantar
Um episódio com magia
O poeta fez lembrar
No intervalo do instante
Entre a luz e a escuridão
Vi o meu avô Miguel
No baixiu já em ação
Nas panelas onde morava
Quando vi o sol nascer
Sob água o arroz estava
Nunca vi acontecer
Era ainda uma criança
Mas olhei com atenção
Vi alí muita esperança
De salvar a plantação
O arroz foi encoberto
Grande chuva a passar
E um açude ali bem perto
Acabara de estourar
O importante disso tudo
Para o mundo vou dizer
Meu avô com pouco estudo
Soube tudo resolver