Saudades dos mestres
Hoje me despertou a saudade
Mais uma saudade, talvez, mas uma saudade especial,
Uma saudade transparente.
Saudade dos meus mestres.
De todos aqueles que passaram por minha vida
Seja na família, na profissão, nas artes, na lida.
Meros desconhecidos ou monstros consagrados.
Tantas palavras de Emílio Santiago, aqui ou em Saigon
Tantas melodias do Maestro Barry White...
Como gostaria de tê-lo conhecido.
Aliás, Forever by Your Side, George Benson.
Saudades dos mestres que me fizeram chorar
Por serem péssimos ao ensinar
Ou por serem também pequenos aprendizes
Saudade de alguém como tú, assim como tú
Que eu quis um dia encontrar
Saudades dos meus pais que já se foram, disso não vou falar
Saudades dos mestres da birita, da cerva gelada e das risadas noite afora.
Saudades, muitas saudades de Vinícius e Tom Jobim...
Como queria ter bebido um uísque com eles e ter visto Luiza nos Anos Dourados dourando uma linda Aquarela. Sei que teríamos rido muito do Toquinho.
Saudades do mestre que fui de mim mesmo, aprendendo e me repreendendo a cada erro. Ao menos, este mestre ainda me acompanha, talvez um pouco cansado, mas ainda vivaz.
Tantas saudades me brotam e desta forma escrevi este texto,
Sem métrica, forma ou linha.
Meus olhos molhados agora, inspiram um belo bolero, prefiro fechá-los
e guardar estas lembranças dentro de mim - O Bem e o Mal e coisa e tal.
Marcelo Catunda (06/05/2016)