Olhando as estrelas
Já fui rico...
Muito rico...
Rico de liberdade.
E na verdade
Eu nem sabia
Que os momentos que eu vivia
Um dia... Eu ia sentir saudade.
Criado no meio do mato
Caçando, pescando...
Com a natureza tendo contato.
Dormia no meio do tempo
Embalado pelo vento
Melhor que ar-condicionado
Ficava olhando as estrelas
Enfeitando o firmamento
Vendo a beleza da lua
Igual à mulher nua
Tamanho encantamento
Hoje na cidade...
Sou escravo da vaidade
A vida é um tormento
Não tenho mais liberdade
Estou a mercê do tempo
Tempo para trabalhar
Para enfrentar
Fila no estacionamento
Depois para comprar
Pagar
Fila... Já não te aguento!
E a falta de segurança...
Não tem mais cabimento
Vivemos enjaulados
Com medo até do vento
Qualquer dia eu chuto o balde
Vou embora da cidade
Volto lá para o mato
Quero viver em paz
E não ter mais aborrecimento