GOTAS DE PRANTO

GOTAS DE PRANTO - João Nunes Ventura-04/2016

Lenço querido molhado de pranto

No rosto santo a amargura da dor,

No chão atirado ramalhete de flor

Seu amor sem adeus logo partiu,

De lembrança só letras gravadas

Assim deixadas no pé do juazeiro,

Na memória de um amor primeiro

Amor verdadeiro que o luar vestiu.

Um bilhetinho de amor amarrotado

Que machucado feriu seu coração,

Meiga menina linda flor do sertão

Na emoção do poema choro rolou,

No papel o nome dela logo escrito

Olhar aflito no ar a desconfiança,

Saudade dói distante a esperança

A doce infância a aurora do fulgor.

Na recordação mágoa e desengano

Passagem dos anos ilusão da vida,

Nas juras de amor a paixão querida

Na despedida sofrida queixa de dor,

No tempero da vida beijo esquecido

Sonho existido num oceano imenso,

Gotas de pranto naquele puro lenço

Assim penso são angustias de amor.

João Nunes Ventura
Enviado por João Nunes Ventura em 08/04/2016
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