Canto aos Mortos
teciam, os mortos.
Contos
e mortalhas.
segredando à noite
e ao tempo
ao homem-vivo
de presença.
Estendendo ao acaso
apertos
e passos.
Cingindo no homem
o semblante.
Amante de pássaros,
posto que voa
e flutua.
Perene ainda
ao teu canto
Canto nosso.
Canto de pátria
se é como chamas
tua terra
prata límpida
e saudade.
Estrondoso
o grito
agúdo
perdido do verso
Desvelando no vento
peito
sofrego
chamamento
ao amigo.