Inocência jaz no leito
Docência jaz no leito
Óh, você apareceu de repente,
como uma pessoa que não gostaria de ficar,
como uma pessoa que não pretendia ficar,
por muito mais tempo.
Há muito mais no fogo,
do que brasa, chama e luz.
Ele nos queimou,
ele nos queimou, por dentro e por fora.
Há algo mais que eu precisa conhecer sobre você?
Existe mais coisas que eu precise falar?
Um sorriso,
e eu te conheço a tanto tempo atrás,
e eu te dei uma flor,
amassada nas bordas,
revirada nas pétalas.
Mas você as aceitou.
Pois sabia que por dentro,
era apenas um gesto de amor.
Paciência, tenha paciência por mim,
ainda que no mais,
eu já havia lhe dito tudo o que sinto.
Quem é que há de padecer por nós?
Somos feitos, de contradições,
tão contraditórias em si mesmas.
Mas então por uma carta de amor,
você me olhou cega por poucos segundos.
Docência jaz no leito,
transpassada por um corte de tua amargura,
envenenada pelos cantos escuros da vida.
Com a imagem distorcida,
de como quem veio primeiro, tão de repente,
e não quis ficar pra ver, e não queria esperar pra ver.
Você sumiu então,
antes de eu abrir os meus olhos.
Desculpa, mas foi por amor..