CAMINHAR EM SOLIDÃO
Meu corpo se dilui na poeira do sertão,
Em minha terra natal sinto-me um forasteiro,
Sem raízes, exilado pelo destino, camuflado em ilusão,
Vagando castigado pelo sol e sem paradeiro.
Sinto-me peregrino de longas distâncias,
Em busca de um singular amor,
Sem armadilhas e de verdadeira esperança,
Aquele sentimento doce em flor.
Mas ao meu lado contemplo a bela solidão,
Que me ampara, que me aclara a mente,
Fazendo-me um ser ainda existente.
Que me sustenta, fortalecendo-me para a paixão,
Cada vez mais me apaixono pela solitude,
Caminhando com amada solidão inspirando-me versos,
Mostrando-me o horizonte em regresso,
Aliviando meu ser para a bela plenitude.