TEMPLO DA SAUDADE
A madrugada
A canção do vento
Eu indefesa
A estranheza
A luz acesa
O seu retrato
O meu olhar inexato
A mão tremulada
O contato
A dança
Do pensamento
A lembrança
De um amor
Já extinto
De um tempo
Que me fez voar
O afã de transpor
As barreiras
De aproximar
De perdoar
De ser perdoada
De ser amada
Da melhor maneira
De voltar ao antes
Mas a vera
É cortante
Eu aqui errante
Distante da quimera
Eu sem identidade
Um templo
Da saudade
Eu labirinto
Pressinto
...Vou chorar.