NOS MEUS VERSOS
(Sócrates Di Lima)
Caminhei sobre os versos que criei...
fi-los caminhos d' estrelas...
Na Via-Láctea eu naveguei,
Para meu amor escancarei minhas janelas,
E abri-las a tudo que eu guardei,
escritos nos pergaminhos dela.
Sobre os meus versos eu chorei,
Em baixo dos pontos, vírgulas e reticências,
Versos do amor que, ainda, não acabei,
Os escreverei enquanto minhas vivências,
Nas etapas da vida que criei,
e deixe nela o amor que a outra não dei.
Dos versos antigos, fiz saudades,
Pois foram de amor e perseverança,
E tantos anos se foram minhas idades,
Hoje e vejo no laço da esperança,
E por mais que o tempo me castigue,
Nas duras penas das vontades,
Que o meu maior desejo, instigue...
Ah! Que me ouçam as estrelas...
As Luas e os Sóis...
Foram-se os tempos sem percebe-las,
nas minhas cordas vocais os nós,
E nos meus olhos fiz concebe-las...
As nuances de um bem querer de dois.
E assim, nos meus versos de amor...
Edifiquei em minh'alma o bem querer por ela,
Em frases de sonhos e poemas sem dor,
Que ao meu finito possa então levar,
E morrerei com a alma em paz de flor,
cravado no corpo aquele seu libidinoso amar.