NOS MEUS VERSOS

(Sócrates Di Lima)

Caminhei sobre os versos que criei...

fi-los caminhos d' estrelas...

Na Via-Láctea eu naveguei,

Para meu amor escancarei minhas janelas,

E abri-las a tudo que eu guardei,

escritos nos pergaminhos dela.

Sobre os meus versos eu chorei,

Em baixo dos pontos, vírgulas e reticências,

Versos do amor que, ainda, não acabei,

Os escreverei enquanto minhas vivências,

Nas etapas da vida que criei,

e deixe nela o amor que a outra não dei.

Dos versos antigos, fiz saudades,

Pois foram de amor e perseverança,

E tantos anos se foram minhas idades,

Hoje e vejo no laço da esperança,

E por mais que o tempo me castigue,

Nas duras penas das vontades,

Que o meu maior desejo, instigue...

Ah! Que me ouçam as estrelas...

As Luas e os Sóis...

Foram-se os tempos sem percebe-las,

nas minhas cordas vocais os nós,

E nos meus olhos fiz concebe-las...

As nuances de um bem querer de dois.

E assim, nos meus versos de amor...

Edifiquei em minh'alma o bem querer por ela,

Em frases de sonhos e poemas sem dor,

Que ao meu finito possa então levar,

E morrerei com a alma em paz de flor,

cravado no corpo aquele seu libidinoso amar.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 08/03/2016
Código do texto: T5567501
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