VOLTE A RIMAR
Do tempo de criança
hoje só a lembrança,
vaga na mente ao léu.
De uma outra solidão
somente a recordação,
sem estrelas no céu...
Fim da boemia
a triste poesia
já sem papel.
Cantar o nosso hino
com o badalar do sino,
sozinho numa sala.
Na noite tão quieta
sem as rimas do poeta,
a natureza se cala.
Um grão de areia
a alma campeia
coração embala.
Se lá no campo existe
tem a semente do alpiste,
sei que irei encontrar.
Junto da sombra do carvalho
numa manhã sem orvalho,
lá estarei a procurar.
Dirá o coração
vença a solidão
e volte a rimar.
Do tempo de criança
hoje só a lembrança,
vaga na mente ao léu.
De uma outra solidão
somente a recordação,
sem estrelas no céu...
Fim da boemia
a triste poesia
já sem papel.
Cantar o nosso hino
com o badalar do sino,
sozinho numa sala.
Na noite tão quieta
sem as rimas do poeta,
a natureza se cala.
Um grão de areia
a alma campeia
coração embala.
Se lá no campo existe
tem a semente do alpiste,
sei que irei encontrar.
Junto da sombra do carvalho
numa manhã sem orvalho,
lá estarei a procurar.
Dirá o coração
vença a solidão
e volte a rimar.