DE SEUS ABRAÇOS

Revendo de minha vida , o acervo,
estou vendo em frangalhos, meu nervo,
noto em meu viver uma certa palidez...
Desde que não vivo mais contigo,
estou enfrentando o triste castigo,
que traz para a vida, uma embriaguez...

Morro abaixo a esperança desliza,
e não tenho nada que a fertiliza,
um modo de breca la a vida descarta...
Agora já não tenho como voltar atraz,
pois nenhum antidódo seria eficaz,
nenhum ser, essa monotonia aparta...

Por mais que a alma por seu nome chame,
tentando evitar que a dor esparrame,
me sinto mais distante de seus abraços...
E a saudade sem piedade me espanca,
não posso evitar, me falta a alavanca,
acostumarei a viver, com os fracassos...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 24/02/2016
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