POEMA TRIBUTO A SAINT JOHN
Ah ! Que saudades tenho de ti Saint Jonh,
quando saíamos de mãos dadas para o recreio,
e eu inventava palavras novas que definissem a exposição teus panoramas.
Das manhãs, gargalhadas mil esperanças ,
em sandalos espalhados de alegria...
Conduzindo meu frágil rebanho ,
que trazia sempre novidades do mundo fresco...
Nunca mais verei teus espetáculos.
Tua fisionomia evapora no tempo.
Teus sonhos ainda gritam nos corredores,
úmidas lembranças que não cura remédios.
Tenho monumentais instantes vividos
na escassez diminuta e solitária destes últimos versos,
que como relâmpagos ainda clareiam,
o céu de nossa indissolúvel amizade.
No vento das horas, que redemoinha meu tempo,
permaneço com teus segredos nas escadas da memória.
A tua falta perfurou a epiderme da alma.
Tive a sensação de perder as asas e nunca mais librar,
toda coleção de mapas que via em teus horizontes...
Mas guardei a lista dos teus nomes,
posso recitá-los silenciosamente no ouvido da noite.
E também, a chuva de sol,
dos sentimentos agradáveis e incomparáveis
quando um dia fizeste-me poeta , mas bem perto de você !