BAGUNÇA

Às vezes a saudade bate à porta...
Admito,
Tem dias que finjo não escutar...
Sigo a vida,
Deixo bater...
Mas há dias
Que bate com tanta força,
Grita,
Esmurra a porta;
Doem-me os ouvidos,
Assusta,
Então desabo...
Deixo que entre
E faça seu estrago...
E ela entra...
Molha meu rosto,
Revira as gavetas,
Bagunça a casa inteira...
Depois adormece,
Ali mesmo no sofá...
Mandar embora?
Não adianta...
Ela sempre volta...
Então, saudade,
Entra...
Pode ficar...
Só não quebre mais nada...
Não há mais o que quebrar...
Aliesh Santos
Enviado por Aliesh Santos em 27/01/2016
Código do texto: T5525052
Classificação de conteúdo: seguro