Estranho jeito...

Estranho jeito.

Mais do que nunca, agora,eu ,tão bem,relembro

e se me invade uma saudade tão imensa,

por reviver aquele aquele dia.Era um Setembro

Anos quarenta,de uma tarde em que a presença

da prendazinha se sentindo atingida

contava ao pai do mal que lhe haviam feito.

Lhe dirigiram um elogio na Avenida

e ela queimou-se e queixava-se do jeito.

E eu,perdido de mim mesmo fui-me aos moços

e entre eles causei tanto alvoroço,

pois por tão pouco fui cobrar um desagravo.

E ninguém soube ou entendeu em mim o agravo

em reparar o que de mal que haviam feito

lhe dirigindo o galanteio,que em meu peito.

tinha guardado para lhe ofertar contrito

a qualquer tarde...Em qualquer dia mais afeito

lhe confiando a alma,e o meu coração.

E neste imbróglio em que me vi ,triste,sem jeito

eu lhe fiz ver como era estranho,em mim o rito

de alguém silente,demonstrar sua afeição.

Aécio

kauffmann
Enviado por kauffmann em 25/01/2016
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