Mais uma morada
Como me falta minha casa
Quanta falta do meu povo
Como o beijo de uma namorada
Em luto transformou-se ?
É o desencanto nessa obra
De morar em outro canto
Canto minha tristeza
Por não ver o céu tão lindo de lá
Por não ver cair as estrelas daquele olhar
Por não ter uma vida, com você compartilhar
Canto minha saudade
Dos formosos corpos
Dos imensos copos
Extasiante néctar, meu lugar
Dos ventos tão sem direção
Que vão pra lá
Da cultura das nuvens
Que despencam no ar
Da única paz que encontrei
meu poder de não cantar
Preso no quarto escuro
No fino grito, pestanejar
Preso na confusão de
Um inalar de fendas longínquas
Preso na emoção, de só em você pensar
Na distância de pensamento
Eu encontro, a formosura que há
Ao lembrar do lindo rosto
Que encontrei pra amar
Me despedaça o coração
Numa luz a negar
O desespero solitário
Desmesura de no longe estar