Lado Cendrado.

Párvulo como as folhas absintas,

Esmigalhando com os pés a vaidade!

Fagulhas nas celhas de gotas sãs.

A foice, num sol, encoberto passivo.

Remadalenizado às paredes,

Aprofundando este tempo pérfido,

Aos olhos pela chama saudosa.

Peito que abre, sai pelo destino.

O lugar de meu começo protetor,

Soletra-te, ó dia, quem depusestes?

Sob o antro de minha adversidade.

Sobre os escombros da varanda?

Abocanhastes minha tenra idade.

Sentindo este teu lado cendrado.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 12/01/2016
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