Longe de Ti…
"Acompanhai meus ais, olhos saudosos.
Vertei copiosas lágrimas, vertei.
Estes amenos prados deleitosos
Agora umedecei!"
(J. Anatácio da Cunha)
Longe de ti me entrego
Às horas de nostalgia
Na noite misteriosa
Em que me acho saudosa.
Lembro-me d'amor ingênuo,
Que guardo no coração.
Um amor pleno d'alegria,
Que enchia os nossos dias…!
Recitavas-me uns versos
De Bilac e Castro Alves,
Sob o brando olhar da lua,
Na areia da praia nua!
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Nas horas mortas da noite,
Nas ondas quieta do mar,
Nesta praia esquecida,
Sinto-me entristecida…
Longe de ti… a chorar…!