Primeira tarde
Na primeira tarde do ano, o sono, a chuva e a saudade
O sono fechando os olhos, trazendo os sonhos tão bons
Chuva embalando a tarde, molhando asfalto da cidade
No ar a mistura de aromas, e também os diversos sons
A saudade trazendo inspiração, tortura para o coração
Que se aquieta, na paciência angustiante tenta versar
Mas é quase loucura, são versos reprimindo a emoção
Fica alma olhando, guardando o sentir, o amor, o amar
Primeira tarde, do ano bissexto, é sexta, é cinza, chove
Lágrimas choram quietas, sem lamúrias, não reclamam
Molham a terra, o verde das folhas, as flores, comove...
a vida, de saudade se encolhe, enquanto nuvens choram.