No peito bate intenso, lamento...
Imenso naquele e em outros momentos,
vivendo em um tempo, finito naquele instante,
onde a dor é a saudade cravada e latente...
No outono lutando contra o vento,
querendo desistir em dados momentos...
E o inverno que se faz audaz na mente e na dor do coração...
Chega rápido a primavera,
nem floresce o jardim da recuperação,
o beija flor não acha o néctar das flores
e já nem sobe delas o doce perfume...
Pois já bate suntuoso e escaldante o impiedoso verão...
Transformando o solo que outrora era fértil em total sequidão...
Pela estrada, voavam as páginas escritas da nossa história,
testemunhos, juramentos, sobre aquele palco hoje sem platéia,
onde juntos escrevemos tão intenso amor...
Mas chega a tempestade de verão, varrendo o solo,
levando tantas esperanças, sujando de lama o que ainda brilhava,
e hoje preenche com um intenso vazio,
misturado as sombras da tua ausência,
arrastando pela estrada os vestígios de dias felizes,
de palavras não ditas, de sentimentos que não cessaram,
de uma partida sem adeus,
de olhos molhados por uma saudade que impertinentemente
insiste em estar presente,
como se os meus dias ainda fossem sutilmente primaveris...
Porém no meu peito bate intenso; lamento!!
By Silvana Santos 27/12/2015