O Boêmio

Na minha janela passava

todo dia de manhã

Ia com o cabelo molhado e um

Cheiro de hortelã

Passava, sempre passava

Correndo sem se molhar

Trazia, na mão, uma capa de chuva,

Um violão afinado,

no corpo, uma faceirice no andar...

Gostava, sempre, gostava

De tarde lhe ver

Voltar

Cabelo despenteado

O corpo todo molho

Um cheiro adocicado

Um violão arrastado

Andar atravessado

E um sorriso

Fora do lugar!

Umburana de Cheiro

Umburana de Cheiro
Enviado por Umburana de Cheiro em 12/12/2015
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