Gaivotas que choram
Guardo nossas cartas velhas na gaveta do quarto.
Rego os lírios que embelezam a garoa, que molham o luar.
Nosso luar desenhava teu amor e banhava meu sentimento.
Mesmo com céu incolor, abria-me o coração.
Guia-me em veredas sossegadas.
Há marcas tuas por onde atravesso.
Você exala o cheiro da rosa carmim e a ternura dos querubins.
Elas são brandas e debruçam em mim quando choram.
Luciana Bianchini