SEM PERSPECTIVA
Eu quero falar de amor
Mas do meu amor
Quando fecho os olhos e choro
Em algum lugar, apoio a cabeça
Estou sufocada e cansada
Sinto um nó na garganta
Com um aperto no peito
E o amargo da saudade
Se mistura aos desejos
Quando percebo que o meu corpo
É viciado no seu, fico estática
Sem saber o que fazer ou o que dizer
Vasculhando os meus pensamentos
Eles vão passeando e me guiando
Tentando lhe encontrar
E aturdida e desprevenida
Estou na contramão
E não o vejo na contrapartida
Sentada em meu camarote
O assisto roubar a minha vida
Sandra Leone